sábado, 23 de julho de 2011

Complicações no parto e sua relação com o Autismo

OI Pessoal,


Hoje a postagem é sobre autismo e complicações no parto. é um reportagem da revista PEDIATRICS, a investigação foi realizada por Hannah Gardener e seus colegas em Harvard School of Public Health e da Universidade de Brown, realizaram um estudo sobre a relação  do autismo com as complicações no parto de algumas mães, a pesquisa se baseia no nascimento de 60 crianças e as implicações com o nascimento.




Especificamente os pesquisadores identificaram as seguintes complicações:


* Apresentações de nascimento anormal (Por exemplo apresentação pélvica);
* Complicações do cordão Umbilical (Cordão enrolado no pescoço, por exemplo);
* Sofrimento Fetal;
* Nascimento Múltiplo (Gêmeos, Trigêmeos, etc.);
* Hemorragia Materna;
* Nascimento no Verão (Possivelmente associado à gripes e doenças relacionados ao inverno);
* Baixo peso ao nascer ou pequenos a idade gestacional;
* Dificuldades de alimentação;
* Anemia ao nascer.


É de Grande valia ressaltar que a análise provou que nenhuma complicação no nascimento aumenta o risco de as crianças expostas a estes fatores de risco NÃO AUMENTA o risco de a criança desenvolver o autismo.
Comentário de Geri Dawson PHD, Diretora científica do site Autism Speaks.
Mas sim pelo contrário, segundo ela o maior risco está associado a uma combinação de vários fatores que estes podem vir a refletir, ou seja ela conclui que o risco pode estar presente apenas quando há uma vulnerabilidade genética, ou seja a maioria das crianças que nascem em decorrência de partos difíceis seguidos de complicações não desenvolvem o autismo, aponta Geri.

Concluindo, muitos dos fatores identificados como aumento do risco de uma criança vir a desenvolver o autismo foram associados com hipóxia, ou seja baixos níveis de oxigênio no cérebro do Bebê. Porém Geri ressalta que esta forte sugestão de que baixos níveis de oxigênio contribuem para o desenvolvimento do autismo precisa ser explorada em outros estudos. Conclui ela.








Fonte: http://www.autismspeaks.org/science/science-news/birth-complications-and-autism

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Aripiprazol no tratamento da irritabilidade em crianças e adolescentes com transtorno autístico


Olá Pessoal,


Hoje vou postar sobre um estudo de um medicamento chamado: ARIPIPRAZOL. Primeiramente usado para tratamento com indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia e transtorno bipolar. Mas pesquisadores concluíram que este medicamento é eficaz no tratamento da irritabilidade e na agressividade de crianças e adultos com autismo, ou seja, o medicamento diminui consideravelmente estes sintomas. Com isso a criança e o adulto autista melhoram o comportamento e isso contribui para as terapias. Achei de grande valia dividir esta reportagem com vocês. Espero que gostem. Leiam a reportagem até o final.








Os pesquisadores notaram que apenas uma droga, a risperidona, foi aprovada pela FDA (US Food and Drug Administration) para reduzir a irritabilidade em crianças e adolescentes com autismo. A droga avaliada no estudo em questão é outra droga antipsicótica atípica, aprovada para o uso na esquizofrenia e no transtorno bipolar.
Este foi um estudo multicêntrico randomizado, controlado com placebo, conduzido entre 2006 e 2008, mas os pacientes só estiveram no protocolo de estudo por um período de 8 semanas.Cada criança completou um período de admissão de 6 semanas, durante o qual passou por uma consulta de rastreamento, período de clareamento e consulta para estabelecer uma linha de base.As crianças realizaram consultas semanais durante a fase de tratamento. Nas designadas ao tratamento, a dose da droga foi titulada de acordo com as avaliações dos investigadores, com uma dose inicial de 2 mg/dia, avançando 2 mg/dia (dose alvo: 5,10 ou 15 – o máximo – mg/dia).As mudanças de dose só podiam ser feitas nas consultas do estudo (por aumentos únicos e uma mudança por semana). Durante o período de clareamento, os pacientes interromperam todas as medicações psicotrópicas.Todos os pacientes tinham entre 6 e 17 anos na admissão, todos tinham diagnóstico de autismo e todos tinham comportamento agressivo, irritável ou autolesivos demonstrados. Todas as crianças inscritas também tinham escores significativamente elevados no Questionário de Comportamento Aberrante (Aberrant Behavior Checklist, ABC), uma escala que mede irritabilidade.O ABC avalia o grau no qual crianças exibem comportamentos inapropriados como agressão para crianças ou adultos, irritabilidade, surtos de ódio, humor depressivo ou gritos.O resultado primário de interesse foi a mudança média no escore ABC, completado pelo cuidador da criança, a partir da consulta de base para o final do estudo.Outras avaliações de comportamento também foram completadas, incluindo observações dos investigadores. Para avaliar a segurança da droga, os investigadores coletaram eletrocardiogramas, testes laboratoriais e escalas que mediam movimento para avaliar sintomas extrapiramidais.Após a inscrição, 51 pacientes foram designados randomicamente para o placebo e 15 (29,4%) desses não completaram o estudo (6 se retiraram por ineficácia).Quarenta e sete crianças foram designadas para o aripiprazol e 8 (17%) não completaram o estudo (apenas 1 por ineficácia). Ao final do estudo, 5% das crianças em tratamento estavam recebendo 2 mg/dia; 33% 5 mg/dia; 41% 10 mg/dia e 21% 15 mg/dia.Tanto os grupos placebo quanto tratamento apresentaram uma redução nos escores ABC ao longo do período de tratamento, mas a redução foi maior nos em uso da droga (escore ABC 12,9 contra 5,0 para placebo).Os escores clínicos médios para medidas de comportamento e qualidade de vida também melhoraram em crianças em uso da droga, comparadas com o grupo placebo. Efeitos adversos foram mais comuns entre crianças no grupo de tratamento, ocorrendo em 91,5% das crianças tratadas em comparação com 72% no placebo.Os efeitos adversos mais comuns em pacientes tratados foram sonolência (17%), sedação (10,6%), sialorreia ou tremores (ambos 8,5%), vômitos (14,9%) e fadiga (21,3%). Pacientes no grupo placebo foram mais propensos a apresentar cefaleia (16%) e agressão (8%).Sintomas extrapiramidais (principalmente tremores) foram mais comuns entre pacientes tratados (14,9% contra 8%), mas os escores médios nas escalas de avaliação de sintomas extrapiramidais não diferiram muito entre os dois grupos.As crianças no grupo de tratamento mostraram maior taxa de ganho de peso que no grupo placebo.No geral, 10,6% das crianças tomando aripiprazol e 5,9% das crianças tomando placebo interromperam seu uso pelos efeitos adversos. Os investigadores concluíram que o aripiprazol foi eficaz na redução dos sintomas de irritabilidade entre as crianças com autismo, e que esse efeito foi observado nas avaliações clínicas e dos pais.



Aripiprazol no tratamento da irritabilidade em crianças e adolescentes com transtornos autísticos. Owen R, Sikich L, Marcus RN, et al
Pediatrics. 2009;124:1533-1540


O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e a segurança a curto prazo do aripiprazol no tratamento da irritabilidade em crianças e adolescentes com transtorno autístico que manifestavam comportamentos como surtos de cólera, agressão, comportamento autolesivo ou uma combinação desses.MétodosEste estudo de grupos paralelos, randomizado, placebo controlado e duplo cego de 8 semanas foi conduzido em crianças e adolescentes (6 a 17 anos) com transtorno autístico.

Os pacientes foram randomicamente (1:1) designados para aripiprazol em dose flexível (dose alvo: 5, 10 ou 15 mg/dia) ou placebo. Medidas de eficácia dos resultados incluíram a sub escala de irritabilidade ABC (Aberrant Behavior Checklist)e o CGI-I (Clinical Global Impression-Improvement). Também foram avaliadas segurança e tolerabilidade.


Resultados99 pacientes foram randomicamente designados para receber placebo (n = 51) ou aripiprazol (n = 47). A melhora média no escore ABC foi, significativamente maior com o aripiprazol que com o placebo da semana 1 para a 8.O aripiprazol demonstrou melhora global, significativamente maior do que com o placebo, avaliada pelo escore CGI-I médio da semana 1 para a 8; no entanto, ainda podem persistir sintomas residuais significativos em alguns pacientes.

As taxas de abandono do tratamento como resultado de efeitos adversos (EAs) foi 10,6% para o aripiprazol e 8,0% para o placebo. As taxas de EAs relacionados a sintomas extrapiramidais foram 14,9 para o aripiprazol e 8,0% para o placebo.
Não foram relatados EAs sérios. O ganho de peso médio foi de 2,0 kg para o aripiprazol e 0,8 kg para o placebo na semana 8.


ConclusõesO aripiprazol foi eficaz em crianças e adolescentes com irritabilidade associada a transtorno autístico e foi, geralmente segura e bem tolerada.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Autismo em Irmãos Gêmeos

Oi Pessoal,


Hoje resolvi postar sobre o Autismo em Gêmeos, pois no Programa AMA da Ufsc em que eu acompanho o meu aluno (Nauã) fiquei muito curiosa com um caso de Autismo em Gêmeos.  Lucas e Júlia são os nomes deles, bem lindos!  De Início eu não identifiquei, pois no caso deles é leve, mas com a conivência pude observar alguns sintomas, como a falta da fala no caso da Júlia, a hiperatividade, a falta de afetividade, ou seja, não gostam de ser tocados, beijados. Mas com ajuda da terapia do AMA e da Fono eles melhorando cada dia mais. A mãe deles a Sandra ( Da qual eu tenho uma grande admiração), descobriu o autismo dos filhos a um ano, para ela foi um choque, receber a notícia, porém ela não se deixou abater, aceitou a condição dos filhos a batalha para que a cada dia eles vivam melhor. Ela conta que o Lucas no início andava na ponta dos pés (Que é uma característica autista), mas ela  o incentivou a andar com os pés no chão e conseguiu, a Júlia agora está falando algumas palavras, mas só fala quando quer ( o que também é uma característica do autismo), ela conta histórias para eles, os ajuda na alfabetização, ou seja, realmente quer o bem dos filhos. Ela também conta que no aniversário deles ano passado fez uma festa linda para os dois, e eles ficaram a festa inteira trancados dentro do quarto. O autista tem tendência a se isolar, não gosta de muito tumulto e barulho (muito alto), no caso deles são características leves, mas se não receberem o tratamento adequado e não tiver o apoio podem tornar-se severas e permanentes. 

Está sendo para mim um grande aprendizado poder conviver com eles, pois no caso deles que são irmãos e gêmeos, e ainda por cima um casal! A diferença é muito grande é observável, pois e incidência é muito maior em meninos do que em meninas.

"A coincidência para autismo em gêmeos ( isto é, a probabilidade dos dois serem autistas ) oscila entre 70% e 90% se eles são gêmeos idênticos , ou monozigóticos , enquanto é de 0% se eles são gêmeos dizigóticos ( gêmeos têm a mesma semelhança genética que qualquer outro irmão ) , embora aparecem nestes gêmeos 10% de problemas de desenvolvimento que não têm o bastante para serem classificados como autismo . Quando se questiona porque a concordância é menor que entre irmãos não gêmeos , como veremos a seguir , a resposta se dá que não existem casos suficientes de gêmeos agrupados como o que existe entre irmão não gêmeos."

Fonte: http://www.autismo-br.com.br/home/Ocorrenc.htm


Abaixo uma foto do Lucas e a Júlia na festinha Junina do AMA.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Música e Vídeo - AUTISMO / ATÉ O FIM.....

Oi Pessoal Bom Dia,

Bom há faz um tempo que não posto, então hoje navegando no site da MTV assisti a esse vídeo gravado especialmente para a MTV, com o intuito de apagar a imagem que ficou perante a todos os telespectadores com a "casa dos autistas", não vou entrar em detalhes sobre, pois já tenho uma postagem com a minha opinião.

O interessante do vídeo é o depoimento dos pais, e a rotina das famílias que são totalemente alteradas para as necessidades da criança.

Espero que gostem do vídeo a música é linda, a cantora é a Fantini.

O clipe 'Até o Fim', estreia de Marco Rodrigues na direção de videoclipes, mostra famílias que têm filhos autistas dando depoimentos sobre como detectaram a síndrome, os primeiros sintomas que perceberam em seus filhos e como lidaram com o diagnóstico e toda falta de informação sobre o autismo.


Letra:

Até o Fim


Fantine Thó

Composição: Fantine e Jonh

Cuidar de você

Sem saber a causa dessa dor profunda

Cuidar de você

Sem conhecer a medicina que te cura



Fechando os olhos

Posso ver a cor de sua sinfonia

O ardente toque do amor

Abandonado em pleno dia



Quero saber o que é preciso dizer

Mesmo sabendo que o tempo é mestre

No toque, no olhar você vai entender

Que respirar é a nossa prece



Os mares podem secar

O som deixar de existir

A mais linda cor apagar

Com você eu vou até o fim

O que quiser passar

Por menos que eu esteja aqui

Mais perto que o ar vai estar

Com você o melhor de mim



Com teus olhos

Veja meu pensamento

Refletindo a obra do seu ser

Sem palavras

vozes sábias dizem o que é o viver



Os mares podem secar

O som deixar de existir

A mais linda cor apagar

Com você eu vou até o fim

O que quiser passar

Por menos que eu esteja aqui

Mais perto que o ar vai estar

Com você o melhor de mim



Se eu pudesse meus passos te dar

O que andei, o que senti, o que já vi

Entregaria meus dias pra'um só

Pra te ver sorrir



Os mares podem secar

O som deixar de existir

A mais linda cor apagar

Com você eu vou até o fim

O que quiser passar

Por menos que eu esteja aqui

Mais perto que o ar vai estar

Com você o melhor de mim


(Site MTV)

Em paralelo, a música de Fantine Thó embala um garoto autista, interpretado por Matheus Araújo, nos momentos comuns a essas crianças.

A idéia de ser fazer um videoclipe para essa música surgiu quando a mesma foi adotada por um grupo de pais para a campanha do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, que acontece todos os anos no dia 2 de abril.

Agora, a partir dos depoimentos captados em estúdio, é trabalhada a segunda etapa do projeto, o documentário 'Até o Fim', previsto para o segundo semestre de 2011.