terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Autismo: distúrbio de difícil diagnóstico

Um Link Sobre autismo da GLOBO NEWS, muito interessante, mostra o relato de dois irmãos autistas e as diferenças entre eles, Nicolas o mais novo é caracterizado como autista clássico, tem dificuldades na fala e deficiência no aprendizado, e Tomas o mais velho é caracterizado como Áspeger, muito inteligente, faz estudos sobre geologia. A reportagem também mostra um neurologista falando a respeito do assunto e sobre os seus pacientes, e relaciona o autismo a Rubéola na gravidez, em que atinge o feto e pode gerar uma alteração neurológica e como conseqüência o AUTISMO.
Mostra o trabalho da AMA, e como cientistas brasileiros transformam neurônios com sinais de autismo em neurônios não autistas, a pesquisa mostra que os neurônios das crianças autistas são menores do que os neurônios de crianças não autistas, na pesquisa os cientistas conseguiram reverter um neurônio, mas apenas um, e a esperança é que consigam realizar a alteração em todos. Penso que a "cura" está longe de acontecer, porque será que o autista quer realmente a cura? Se tornar um pessoa dita "Normal"? Porque qual o conceito de normalidade? Eu acredito que eles são muito felizes do jeito que são, e são especiais, muito especiais que nos ensinam muitas coisas, a respeito da vida, e outras questões, pois se tratados com muito amor, respeito, carinho, eles conseguem viver no nosso "mundo" mas da maneira especial deles de ser. E temos que acreditar que são capazes de realizar coisas grandiosas, pois quando querem eles nos surpreendem. É maravilhoso poder trabalhar com Autistas, eu amo muito.

Assistam o vídeo VALE A PENA :)



ABA - Análise Aplicada do Comportamento

ABA - ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO


De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Yorque, procedimentos derivados da análise do comportamento são essenciais em qualquer programa desenvolvido para o tratamento de indivíduos diagnosticados com autismo. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos bem documentados utilizaram-se de métodos comportamentais. Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos, afirma que ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz.

O tratamento ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, autolesões, agressões verbais, e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo.

Durante o tratamento comportamental (ABA), habilidades geralmente são ensinadas em uma situação de um aluno com um professor via a apresentação de uma instrução ou uma dica, com o professor auxiliando a criança através de uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a criança demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e situações. A principal característica do tratamento ABA é o uso de consequências favoráveis ou positivas (reforçadoras). Inicialmente, essas consequências são extrínsicas (ex. uma guloseima, um brinquedo ou uma atividade preferida). Entretanto o objetivo é que, com o tempo, consequências naturais (intrínsecas) produzidas pelo próprio comportamento sejam suficientemente poderosas para manter a criança aprendendo. Durante o ensino, cada comportamento apresentado pela criança é registrado de forma precisa para que se possa avaliar seu progresso.

O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos passos: 1- avaliação inicial, 2- definição de objetivos a serem alcançados, 3- elaboração de programas/procedimentos, 4- ensino intensivo, 5- avaliação do progresso. O tratamento comportamental caracteriza-se, pela experimentação, registro e constante mudança. A lista de objetivos a serem alcançados é definida pelo profissional, juntamente com a família com base nas habilidades iniciais do indivíduo. Assim, o envolvimento dos pais e de todas as pessoas que participam da vida da criança é fundamental durante todo o processo.

Concluindo, ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.



Caio Miguel,

Ph.D, Psicólogo, doutor em análise do comportamento pela Western Michigan University.

Artigo publicado no BAB - Boletim Autismo Brasil n.2, de junho de 2005.


Fonte:


http://sites.google.com/site/desvendandooautismo/aba---analise-aplicada-do-comportamento

Pesquisadores investigam perfil cerebral típico do autismo

Mais uma importante pesquisa relacionada ao autismo, em que cientistas comparam partes do cérebro de crianças autistas e relacionam à uma área específica, que recebe menos estímulo do que o cérebro de crianças não portadoras do autismo. Vale a pena ler.


Pesquisadores investigam perfil cerebral típico do autismo

A Fiocruz deu um importante passo na construção de um perfil de funcionamento cerebral de crianças autistas. Um estudo desenvolvido no Laboratório de Neurofisiologia do Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade da Fiocruz, analisou a manifestação dos neurônios desses indivíduos em resposta a um estímulo visual. O resultado preliminar mostra que as crianças autistas apresentam uma ativação menor do hemisfério direito do cérebro, relacionado com as emoções e com o convívio social. Os pesquisadores ainda precisam comparar esses achados com os registrados em outros transtornos mentais, como esquizofrenia e hiperatividade. Se for confirmada uma resposta neurológica padrão para o autismo, será possível descrever uma forma de diagnóstico específico para a doença, hoje inexistente.


The Australian National University



Os neurônios são células responsáveis pela recepção, condução e transmissão dos sinais elétricos, emitidos pelo cérebro para comandar o funcionamento do organismo. A atividade elétrica do cérebro é registrada no eletroencefalograma (EEG) em forma de freqüência (quantidade de vezes em que um sinal se repete a cada segundo). "A freqüência cerebral é variável e os neurônios que vibram na mesma freqüência tendem a se agrupar. Quando você provoca um estímulo luminoso em uma determinada freqüência, recebe a resposta dos neurônios que vibram naquela freqüência", explica o médico Adailton Pontes, que desenvolveu o estudo durante seu mestrado no IFF, orientado pelo neurofisiologista Vladimir Lazarev e pelo neurologista Leonardo Azevedo.
A pesquisa foi feita com 13 crianças autistas, com idades variando entre 6 e 14 anos, selecionadas de acordo com o quociente de inteligência (QI). Elas foram classificadas cognitivamente como de baixo funcionamento, dentro da normalidade e de alto funcionamento. Como havia apenas duas meninas entre as 250 crianças atendidas no IFF, o trabalho contemplou somente os meninos. Todos possuíam o desenvolvimento da linguagem relativamente normal e um quadro geral considerado melhor.
"Nós tentamos purificar ao máximo a amostra, descartando crianças que possuíam sintomas que não eram específicos do autismo, como o retardo mental grave, a epilepsia e o distúrbio de linguagem. Outros estudos que não fizeram esse recorte acabaram ficando comprometidos, porque resultaram em uma baixa atividade do hemisfério esquerdo, relacionado com o desenvolvimento da linguagem, por exemplo. E não há como saber se o resultado foi por conta do autismo ou por conta da falha na linguagem", conta o pesquisador.
Os pesquisadores analisaram o cérebro dos pacientes em repouso e não encontraram alterações significativas. Somente depois da estimulação por meio da luz, feita em diferentes freqüências, é que as anomalias apareceram. As respostas a essa estimulação foram comparadas com as obtidas por 16 crianças normais da mesma faixa etária. Na área occipital do cérebro (ligada à visão) os resultados apresentados nas diferentes freqüências foram combinados para montar um perfil individual de recrutamento. Nas crianças autistas, a ativação por recrutamento no hemisfério direito (ligado às emoções e às relações sociais) foi menor do que nas crianças normais.
Os resultados obtidos na pesquisa só haviam sido registrados pela literatura médica a partir de exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética). Esses exames possuem um elevado custo, girando em torno de R$ 600. Já o custo médio do eletroencefalograma é de R$ 60, a tecnologia é simples e não necessita de anestesia. Se for confirmado um padrão de recrutamento específico para o autismo, o exame de freqüência poderá ser usado no diagnóstico da doença.
Mas ainda é cedo para comemorar. "É preciso desenvolver um estudo utilizando uma amostra maior, incluindo ambos os sexos e fazendo um perfil das outras áreas cerebrais, além de comparar os resultados com os obtidos em outras doenças mentais, para classificar o que é próprio do autista", diz Pontes.
Segundo Pontes, o autismo não pode ser encarado como uma raridade. A prevalência da doença é de um caso a cada mil habitantes, o que a torna relativamente freqüente. O pesquisador trabalha com a definição de autismo utilizada na Academia Americana de Neurologia e peloManual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais (DSM IV), que caracteriza a enfermidade por prejuízos nas habilidades de interação social, comunicação, comportamentos repetitivos, interesses e atividades restritas.
"O espectro de autismo viria das formas mais leves até as gravíssimas. Os autistas não têm pragmática, uso social da linguagem. Não dá para manter um diálogo com eles porque lhes falta a intersubjetividade de perceber o outro. Esses são aspectos sócio-emocionais relacionados ao hemisfério direito do cérebro. Além disso, 75% dos pacientes têm retardo mental", explica o pesquisador.

Fonte:


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Experimento liga forma de autismo a DNA saltador.

Há muito o autismo vem sendo um mistério para os cientistas,  pois não se sabe a causa, e o porque da criança nascer autista, porém muitos cientistas estão tentando descobrir e através de muita pesquisa e dedicação vem obtendo cada vez mais respostas, navegando na net descobri essa reportagem que foi publicada em uma revista científica em que dois cientistas brasileiros relacionam a causa do autismo com DNA saltador. Espero que gostem da matéria. 


Novidades sobre o Autismo – Experimento liga forma de autismo a DNA saltador


Editoria de Arte/Folhapress


Os trechos de DNA apelidados pelos cientistas de “genes saltadores” — capazes de copiar a si próprios para outros pedaços do genoma de um indivíduo — estão relacionados a uma forma grave de autismo hereditária. A descoberta, descrita hoje pelo grupo do biólogo brasileiro Alysson Muotri em estudo na revista “Nature”, foi feita num experimento que produziu neurônios dos portadores da doença a partir de amostras de pele.

O trabalho é o segundo artigo de impacto assinado por Muotri, professor da Universidade da Califórnia em San Diego, em menos de uma semana. Seis dias atrás, o cientista divulgou estudo mostrando como os neurônios “autistas” têm problemas para se interconectarem. Agora, ele relaciona o autismo a uma instabilidade genética, pois os chamados retrotransposons — os “genes saltadores” — podem bagunçar o DNA de uma célula e alterar seu funcionamento.

Para reproduzir o neurônios autistas em culturas de células dentro de um pires de laboratório, Muotri usou a mesma técnica nos dois trabalhos. Seu grupo fez células de pele adultas reverterem a um estado primitivo, similar ao de um tecido embrionário, e depois as estimulou a se desenvolverem assumindo a forma de neurônios.

Essa ferramenta usada no experimento, as células iPS (células-tronco de pluripotência induzida), revelou-se perfeita para estudar a doença, pois não seria possível extrair amostras de células vivas do cérebro de uma pessoa para entender seu desenvolvimento.
“Ao investigar como os genes saltadores são ativados especificamente no sistema nervoso, descobrimos que eles eram silenciados por uma proteína chamada MeCP2, que aparece de forma mutante na variação de autismo conhecida como síndrome de Rett”, conta Muotri. A mutação na proteína, então, estaria implicada na proliferação dos retrotransposons.
Antes do experimento com as células iPS, Muotri já tinha obtido resultado similar usando camundongos transgênicos, portadores da mutação no gene estudado. “Criamos um modelo de cérebro tridimensional e descobrimos que as regiões do cérebro com maior número de neurônios afetados eram regiões relacionadas com os fenótipos [traços físicos] da síndrome de Rett”, conta o cientista.
Muotri, porém, afirma que ainda é cedo para dizer o que é causa e o que é consequência no estudo de pacientes de autismo. “A gente confirmou que existem mais retrotransposons atuando no cérebro desses crianças, mas nós não temos ainda como estabelecer causalidade”, diz. “Pode ser que eles não estejam causando o autismo. Pode ser que estejam contribuindo para algumas formas de autismo, apenas.”
Segundo o pesquisador, porém, a descoberta abre caminho para que se teste estratégias diferentes de tratamento no futuro. Medicamentos normalmente usados para atacar vírus (inibindo a cópia e multiplicação de DNA) poderiam eventualmente deter a proliferação desenfreada dos genes saltadores.
A ação dos retrotransposons no cérebro humano, contudo, pode não ser totalmente maléfica. O efeito benéfico, especula Muotri, seria o de conferir diversidade e complexidade aos neurônios, permitindo que a mente humana se estruture de maneira tão sofisticada. Talvez por isso a evolução os tenha preservado, apesar dos riscos.

Fonte:


domingo, 26 de dezembro de 2010

Algumas Curiosidades sobre o Autismo

Navegando na internet, encontrei essas curiosidades acerca do autismo e resolvi publicá-las, pois achei muito interessante.

Sabia que...

  • o Autismo afeta 1 em cada 1000 crianças?
  • o Autismo ocorre predominantemente no sexo masculino (3 meninos para 1 menina)?
  • os irmãos(ãs) das crianças com autismo têm 10 vezes mais probabilidades de serem também autistas?
  • Cerca de 10% dos autistas manifestam o chamado *"síndrome savant", ou seja, têm um talento específico?
  • Blind Tom, um autista que viveu entre 1849 e 1908 e que foi considerado "a oitava maravilha do mundo", ficou na História por ser capaz de tocar mais de 7000 peças de piano, embora não fosse capaz de reproduzir mais de 100 palavras?
  • No filme RaymanDustin Hoffman interpreta o papel de Raymond Babbit, um autista capaz de memorizar sequências de cartas num cassino?
  • Autistas com Síndrome de Asperger freqüentam o Ensino Superior e  obtem ótimos resultados.


* Síndrome de Savant:

Os portadores de Síndrome de Savant são um mistério que fascina e intriga a ciência. Donos de uma memória extraordinária – são capazes de decorar livros inteiros depois de uma única leitura ou tocar uma música com perfeição após a primeira audição –, eles possuem ao mesmo tempo sérios défices de desenvolvimento, como uma grande dificuldade para falar e se relacionar socialmente. É assim que começa um texto da edição on-line do jornal O Globo, de quem Ciência Hoje recebeu autorização expressa para citar e reproduzir parcialmente.
Ainda segundo O Globo, a síndrome costuma aparecer em dez por cento dos autistas e também dois por cento das pessoas que sofrem algum tipo de dano no cérebro, provocado por acidente ou doenças. O mais famoso savant do mundo, o americano Kim Peek, que inspirou o director Barry Levinson a fazer o filme Rain Man, aprendeu a ler aos 2 anos e hoje, aos 55, sabe de cor mais de 7.500 livros.



«Rain Man»: a história de Kim Peek
«Rain Man»: a história de Kim Peek
Eles desenvolvem habilidades excepcionais numa determinada área, mas mal conseguem comunicar-se e relacionar-se com as outras pessoas. Costumamos dizer que são como ilhas de excelência num mar de deficiências,conta a O Globo o psiquiatra Estêvão Valdaz, coordenador do Projecto Autismo do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.




Quem primeiro descreveu o savantismo foi o médico Langdon Down – que ficou famoso por ter identificado a síndrome de Down (vulgo mongolismo). Em 1887, Down apresentou à sociedade médica de Londres a história de dez pacientes que ele chamou, na época, de "idiots savants" ou sábios idiotas. De lá para cá, pouco se avançou no sentido de se descobrir as causas que levam essas pessoas a terem uma memória extraordinária. Muitos cientistas acreditam que a síndrome está relacionada a algum tipo de dano no hemisfério esquerdo do cérebro que forçaria o lado direito a compensar essa falha. Isto porque as habilidades desenvolvidas pelos portadores da síndrome, normalmente nas áreas de música, pintura, desenho e cálculo são todas relacionadas com esse hemisfério. Já as funções ligadas ao lado esquerdo, como a linguagem e a fala tendem a ser pouco desenvolvidas.




O uso de aparelhos que permitem scanear o cérebro, como a tomografia e a ressonância magnética, vem reforçando ainda mais essa teoria. O jornal O Globo refere ainda um estudo coordenado pelo americano Bruce Miller, da Universidade da Califórnia: mostrou que idosos que desenvolveram uma espectacular habilidade para a pintura depois de passarem a sofrer da doença de Alzheimer estavam com o lado esquerdo do cérebro danificado.




O psiquiatra Estêvão Valdaz conta ainda àquele jornal brasileiro que no hospital das clínicas onde trabalha, dos 1.500 pacientes autistas cerca de 150 são portadores da síndrome. A maioria tem uma incrível habilidade com os números, muitos fazem contas complicadíssimas em décimos de segundos – tão rápidos quanto uma máquina. Também são expert em calendários, conseguem calcular rapidamente, por exemplo, em que dia da semana vai cair uma determinada data, mesmo que seja um dia qualquer do próximo século.




Apesar de possuíram uma memória espectacular, essas pessoas não sabem o que fazer com tudo aquilo o que aprendem. Não sabem como aplicar esse conhecimento na sua vida quotidiana. São, na verdade, grandes decorebas, avalia o psiquiatra nas suas declarações a O Globo.




A Síndrome de Savant, que é quatro vezes mais frequente entre os homens, pode ser congénita ou adquirida após algum tipo de dano cerebral. Não é uma doença de diagnóstico fácil. Principalmente, quando surge em consequência do autismo, que costuma se manifestar na infância. Estêvão Valdaz diz que a maioria dos pais costuma ficar tão maravilhada com as habilidades do filho que custa a crer que na verdade a criança tenha algum problema.




O Autismo está presente somente em 50% das pessoas com Síndrome Savant. Os outros 50% apresentam outras formas de limitação em seu desenvolvimento, como retardo mental ou outra lesão no sistema nervoso central.

É possível encontrar três classes distintas de pessoas com Síndrome de Savant:

  • Savant habilidoso é o tipo mais comum. São as pessoas que têm obsessão ou grande preocupação em decorar coisas triviais, como músicas, esporte, mapas, fatos históricos, etc.

  • Savant talentoso é representado pelas pessoas que possuem grande deficiência cognitiva, porém também tem um grande talento, pode ser voltado para música, arte, normalmente uma área específica.

  • Savant prodígio, nesta classificação encontramos as pessoas que possuem habilidade extremamente proeminente, que não poderia ocorrer com pessoas fora dessa condição.






Fontes:


http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=2880&op=all


http://www.psicologiananet.com.br/sindrome-de-savant-%E2%80%93-caracteristicas-da-crianca-com-autismo-e-da-crianca-com-sindrome-de-savant/1297/





quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

" Uma menina estranha" - Autobiografia de uma autista

Um livro que recomendo, muito bom porque tem o relato de uma autista que conseguiu descrever como é o  seu comportamento de um modo que todos que leêm o livro conseguem compreender como ela realmente se sente perante ao mundo, as pessoas. Ela relata o que sofreu, a discrminação por parte das pessoas e a sua volta por cima. Prova de que o autismo nada mais é do que um distúrbio de personalidade e que as capacidades cognitivas são totalmente preservadas. O que acontece é que o autista leva tudo ao pé da letra, exatamente como se diz, exemplo disso é minha experiência acompanhando um autista, em que na verdade não foi com o menino autista que eu acompanhava mas sim o menina que é minha amiga e minha e colega da faculdade trabalha, ele estava na aula de Educação Física e o professor falou para um aluno o seguinte:     " Corta esse pulso na bola" e o aluno (autista) saiu correndo pelo ginásio apavorado depois parou e disse: " Como podem cortar meus pulsos e minhas articulações??". é muita limitada a linguagem deles, sendo assim muito cuidado com o que for falar perto deles para não ocorrer fatos deste tipo, pois os deixam muito nervosos.

Um pouco mais sobre o livro:

 Autobiografia da Engenheira e Bióloga Temple Grandin, que desde cedo foi diagnosticada como sendo  autista. Em uma conversa com o neurologista Oliver Sacks, ela pronunciou uma frase que dá bem a medida de como o mundo lhe parece estranho: "A maior parte do tempo eu me sinto como um antropólogo em Marte".
Até os três anos e meio Temple só se comunicou por intermédio de gritos, assobios e murmúrios de boca fechada. Sua mãe percebeu que já aos seis meses ela não se aninhava no colo, ficava rígida, rejeitava o corpo que queria abraçá-la. Na escola, batia na cabeça das outras crianças. Em vez de argila ou massinha sintética, usava as próprias fezes para modelar e espalhava suas criações pelo quarto. Às vezes ignorava sons altíssimos, mas reagia com violência aos estalidos de uma folha de celofane. O cheiro de uma flor recém-colhida podia deixá-la descontrolada ou fazê-la refugiar-se em seu mundo interior. Somente quando já tinha quase trinta anos conseguiu dar um aperto de mão e olhar nos olhos de outra pessoa. Construiu uma "máquina de abraço" para pressioná-la sem o desconforto intenso que um outro corpo humano provoca nela.
O grau de autismo de Temple Grandin não é o mais alto, e por isso o mundo que ela criou não se parece com uma fortaleza onde ninguém pode entrar.
Temple se tornou uma profissional extremamente bem-sucedida. Projeta equipamentos e instalações para a pecuária. Todos os corredores e currais que desenha são redondos, porque o gado tem mais facilidade em seguir um caminho curvo - primeiro porque, não vendo o que há no fim do caminho, fica menos assustado; segundo porque o desenho curvo aproveita o comportamento natural do animal, que é descrever círculos. Ela faz uma analogia: com as crianças autistas é preciso agir do mesmo modo, isto é, trabalhando a favor delas, ajudando-as a descobrir e desenvolver seus talentos ocultos.
De certa forma, esta autobiografia nos diz que as pessoas todas podem se tornar menos "estranhas".





Fonte:

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=10963

domingo, 19 de dezembro de 2010

Temple Grandin - O FILME


Oi Pessoal Boa Noite a todos,

Neste post trago trailler do filme da Doutora Temple Grandin, e meus comentários a respeito do mesmo.


Draº Temple Grandin



Temple Grandin (nascida em 29 de agosto de 1947) é uma americana doutora de ciência animal e professora na Colorado State University , autora do best-seller - UMA MENINA ESTRANHA - A AUTOBIOGRAFIA DE UMA AUTISTA, consultora e para o gado da indústria sobre o comportamento animal. Como uma pessoa com autismo de alto funcionamento , Grandin também é amplamente conhecida por seu trabalho em defesa do autismo, e é a inventora da máquina de abraçar projetada para acalmar pessoas hipersensíveis


TRAILLER DO FIME:






Um exelente filme acerca do autismo, com a premiada atriz Claire Daines (ROMEU + JULIETA), que interpreta a autista Temple, na sua caminhada até a realização do seu sonho, a criação de uma máquina do abraço que pudesse suprir a sua necessidade de se sentir abraçada, já que " não consegue"  ser abraçada por pessoas, pois, como a própria descreve em seu livro: "parece que cortam minha pele", o filme é maravilhoso, tem uma ótima interpretação por parte da atriz, uma fotografia muito boa, e é fiel ao livro. Destaque também a maneira sutil de como demonstram os pensamentos da Doutora, parece que estamos dentro dos seus próprios pensamentos. Uma cena do filme que gostei muito foi quando ela chega na casa da sua tia e a mesma diz que ela e o tio acordam com as galinhas, mostra o pensamento de Temple em que ela imagina o galo cantando e os tios do lado do galo em cima do culeiro cantando também, é exatamente como pensam tudo ao pé da letra, gostei muito desta demonstração.
Indico que assistam ao filme ou leiam o livro, pois esclarece muitas dúvidas a respeito do tema.



Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/Temple_Grandin

http://www.youtube.com/watch?v=cpkN0JdXRpM

sábado, 18 de dezembro de 2010

O que é AUTISMO?

O Autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem, dentro do próprio âmbito da ciência, divergências e grandes questões por responder.
Há 20 anos, quando surgiu a primeira associação para o Autismo no país, o Autismo era conhecido por um grupo muito pequeno de pessoas, entre elas poucos médicos, alguns profissionais da área de saúde e alguns pais que haviam sido surpreendidos com o diagnóstico de Autismo para seus filhos.
Atualmente, embora o Autismo seja bem mais conhecido, tendo inclusive sido tema de vários filmes de sucesso, ele ainda surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de, na maioria das vezes, a criança autista ter uma aparência totalmente normal.
O Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no usa da imaginalção.
É comum pais relatarem que a criança passou por um período de normalidade anteriormente à manifestação dos sintomas.
Quando as crianças com autismo crescem, desenvolvem sua habilidade social em extensão variada. Alguns permanecem indiferentes, não entendendo muito bem o que se passa na vida social. Elas se comportam como se as outras pessoas não existissem, olham através de você como se você não estivesse lá e não reagem a alguém que fale com elas ou as chame pelo nome.
Freqüentemente suas faces mostram muito pouco de suas emoções, exceto se estiverem muito bravas ou agitadas. São indiferentes ou têm medo de seus colegas e usam as pessoas como utensílios para obter alguma coisa que queiram.
Pessoas com esse distúrbio possuem dificuldades qualitativas na comunicação, interação social, e a imaginação (a chamada tríade), e consequentemente apresentam problemas comportamentais.
Muita vezes o simples fato de querer ir ao banheiro e não conseguir comunicar a ninguém pode ocasionar problemas como auto-agressão ou agressão aos outros.
Fonte:

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Picture Exchange Communication System (PECS)

Sistema de comunicação por troca de figuras.
O Picture Exchange Communication System (PECS), em português, Sistema de Comunicação por Troca de Figuras, foi desenvolvido em 1985 como um pacote de treinamento aumentativo/alternativo único que ensina crianças e adultos com autismo e problemas correlatos de comunicação a começarem a se comunicar. Inicialmente utilizado no Delaware Autistic Program, o PECS é reconhecido mundialmente por se dedicar aos componentes iniciativos da comunicação. Ele não requer materiais complexos ou caros e foi desenvolvido tendo em vista educadores, cuidadores e familiares, o que permite sua utilização em uma multiplicidade de ambientes.

O PECS começa ensinando o aluno a trocar uma figura por um item desejado com o “professor”, que imediatamente satisfaz seu pedido. O protocolo de treinamento é baseado no livro de B.F. Skinner, Verbal Behavior (Comportamento Verbal) em que comportamentos verbais funcionais são sistematicamente ensinados usando estratégias de estímulo e reforço que levarão a uma comunicação verbal independente. Dicas verbais não são utilizadas, o que contribui para um início imediato e evita a dependência de dicas. O ensino continua com a discriminação de símbolos e como colocá-los juntos numa frase simples. Nas Fases mais avançadas, os indivíduos são ensinados a comentar e responder perguntas diretas. Muitas crianças que estão na fase pré-escolar e utilizam o PECS começaram a desenvolver a fala.

O sistema tem sido bem sucedido com adolescentes e adultos que têm um amplo comprometimento comunicativo, cognitivo e físico. O embasamento para o sistema é fornecido pelo Manual de Treinamento do PECS, 2ª Edição, escrito por Lori Frost, MS, CCC/SLP e Andrew Bondy, PhD. O manual fornece todas as informações necessárias para a implementação efetiva do PECS, guiando os leitores por seis fases de treinamento e oferecendo exemplos, dicas úteis, e modelos para elaboração de um relatório de dados e progresso. O manual de treinamento é reconhecido por profissionais de comunicação e análise do comportamento como um guia prático e eficaz para um dos sistemas mais inovadores disponíveis.

PECS: Características da simbologia



Descrição



Desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento

Conteúdo

• Desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento;

• Adequados para usuários de qualquer idade;
• Estão divididos em seis categorias de palavras: social, pessoas, verbos, descritivo, substantivos e miscelânea;
• Facilmente combináveis com outros sistemas de símbolos, figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados;
• Extremamente úteis numa grande variedade de atividades e lições.
• Disponíveis em livro ou software.

No Brasil, os PCS se popularizaram nos últimos 10 anos, com a introdução dos recursos traduzidos, tanto do livros Combination Book e o Guia PCS quanto dos softwares Boardmaker e mais recentemente do Escrevendo com Símbolos. Os clientes que utilizam esses recursos estão assim distribuídos:

* 31 Universidades;
* 441 Instituições;
* 197 Terapeutas;
* 142 Escolas Públicas.

Consagrado no mundo todo, este sistema está sendo amplamente utilizado em diversas instituições públicas e privadas brasileiras, além das terapeutas que trabalham com a Comunicação Alternativa


PECS- Símbolos de Comunicação Pictórica










Descrição



Intervenções intensas e altamente estruturadas

Contéudo







PECS - Sistema de Comunicação por Figuras
(PECS - Picture Exchange Communication System)















Os Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS) formam um sistema de comunicação completo e foram originalmente desenhados para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação consistentes e com acabamento profissional. São utilizados extensivamente em inúmeros tipos de atividades de aprendizado. Os PCS foram criados no início dos anos 80 pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer Johnson e compõe atualmente o conjunto de símbolos mais difundido no mundo inteiro.

As crianças com autismo, especialmente os mais jovens, freqüentemente tem grandes dificuldades para usar a linguagem expressiva. Cerca de 80% das crianças com autismo que entram nas escolas públicas com idade igual ou menor que 5 anos, não demonstram linguagem útil. Para estas crianças e outras que podem ter alguma fala, mas que

raramente a utilizam em seu benefício, intervenções intensas e altamente estruturadas seriam necessárias para se conseguir que se desenvolva a linguagem. Outra das principais dificuldades com as que se enfrentam as crianças pequenas com autismo, é como eles se relacionam com as situações sociais. Estas crianças raramente começam uma interação com os adultos e usualmente não a mantém, ainda que iniciada pelos adultos. Desde cedo, a maioria das nossas interações sociais envolvem a linguagem; isto indica que estas crianças enfrentam o problema em dobro.

Muitos pais e profissionais tem tentado ensinar a suas crianças silenciosas a falar. Tal treinamento freqüentemente começa por tratar de ensinar à criança a olhar para o adulto diretamente a sua cara e olhos. Ainda que este tipo de ensinamento funcione, necessita muitas semanas ou meses. A seguir, a criança é ensinada a fazer vários sons e eventualmente, imitá-los. Este passo também necessita muito tempo. Finalmente, a criança é ensinada a mesclar os sons em palavras, estas freqüentemente selecionadas pelos adultos. Durante todo este tempo de ensinamento, a criança continua sem ter um tranqüilo e útil método de comunicar-se com outra pessoa.

Algumas pessoas tem tratado sistemas de comunicação ALTERNATIVOS, isto é, estilo de comunicação que não envolvem a fala. A linguagem dos sinais é um deles e também é o de imagens e outros símbolos visuais. Vários fatores contribuem para tornar estes sistemas relativamente lentos de se aprender. Por exemplo, a linguagem dos sinais necessita imitação, algo não muito fácil para as crianças com autismo. Os sistemas de imagens(pelo menos até agora), ensinam a sinalizar(apontar com o dedo) as imagens. Contudo, sinalizar freqüentemente é confuso para a criança e para o adulto, porque a criança nem sempre tem a atenção do adulto ou olha que a imagem é uma imagem de..., ou a criança aponta repetitivamente uma ou mais imagens.

O Sistema de Intercâmbio de imagens PECS (Picture Exchange Communication System) foi desenvolvido pelas dificuldades ao longo dos anos, com outros programas de comunicação (Bondy e Frost 1994). O sistema já foi utilizado com 85 crianças em Delaware, de 5 anos de idade ou menores e que não tinham feito o uso da fala até o momento de entrar na escola. Das 66 crianças que usaram o PECS por mais de um ano, 44 já usam uma linguagem independente e 14 a usam ajudados por sistemas de imagens(ou palavras escritas. Sete destas crianças já não são educacionalmente identificados como autistas e mais de 30 já foram colocados em salas de aulas para crianças com incapacidades leves. Os terapeutas, entusiasticamente apoiam e usam o sistema e os pais tem usado o sistema em casa ou na comunidade. O PECS se adquire muito rapidamente; muitas crianças aprendem o intercâmbio fundamental no primeiro dia de treinamento. Um aspecto importante do PECS é que são as crianças que iniciam o processo de comunicação(são elas que iniciam a interação).

Eles não aprendem a esperar ou depender dos adultos para comunicar-se. Eles, imediatamente expressam suas necessidades aos adultos que podem satisfazê-las. Aprender o PECS também tem conseguido um dramático efeito de reduzir as preocupações pelo manejo do comportamento destas crianças, tanto nas escolas como em casa.

O PECS começa por encontrar coisas que atraem as crianças(isto é, coisas que as crianças querem). Estes alimentos podem ser alimentos, bebidas, brinquedos, livros, ou qualquer coisa que a criança constantemente busque e goste de ter. Depois que o adulto(terapeuta ou pai) saiba o que é que a criança quer, uma vez que já realizou esta observação, então uma imagem(fotografia, colorida, ou desenho linear em preto e branco), é feito deste objeto. Suponhamos que a criança goste de passas. Enquanto a criança trata de alcançá-las, um terapeuta fisicamente orienta á criança a apanhar a imagem das passa e colocar na mão aberta do segundo terapeuta - o que tem as passas. Enquanto a imagem é colocada na mão, o terapeuta diz: "Ah! Você quer uma passa!"(ou algo semelhante) e imediatamente da as passas para a criança. À criança NÃO se pergunta o que é que ela quer. À criança NÃO se pede que pegue a imagem. O terapeuta não diz NADA até que a criança ponha a imagem na mão aberta. Lentamente, com o tempo, a ajuda física para apanhar a imagem, é retirada, da mesma forma a ajuda para deixá-la na mão de outro terapeuta. Com pouco tempo de várias interações, a criança tem a iniciativa de começar a interagir, tomando a imagem e entregando a um terapeuta.

O passo seguinte resulta em afastar o terapeuta, para que a criança tenha que fazer esforço para chegar até ele. Várias pessoas devem agora estar envolvidas em receber imagens - mas só com a imagem das passas neste ponto. Uma vez que a criança é ensinada a usar a imagem com várias pessoas, então mais imagens de coisas que lhe agradem, serão agregadas. Não obstante, neste ponto, à criança se apresenta uma imagem de cada vez. Depois de estar algum tempo usando várias imagens, uma a uma, então o terapeuta poderá colocar 2 imagens em um tabuleiro(quadro), depois 3, quatro, etc.. Uma criança usando o sistema neste ponto, enquanto que aparentemente faz umas tantas coisas, tem aprendido algumas habilidades extremamente importantes. Quando a criança desejar algo, irá ao tabuleiro de imagens, apanhará uma, irá a um adulto, porá a imagem na mão do adulto e esperará receber o que solicitou. A criança irá tranqüilamente a um adulto para obter algo, em lugar de tratar de obter o objeto enquanto ignora o restante das das pessoas. A importância da criança INICIANDO a interação não deve ser exagerada. A criança NÃO é dependente dos adultos. O sistema PECS logo ensinará a criança a criar enunciados simples como "Eu quero"....."biscoitos", usando várias imagens e uma "tira de frases". A criança deverá seguir entregando a frase a um adulto. O sistema PECS então ensinará a criança a diferença entre solicitar(pedir) e comentários simples como "Eu tenho", "Eu vejo", "Tem um...". para algumas crianças este passo é difícil e requererão algum "ajuste fino". PECS continuará expandindo o número de imagens por enunciado e o número de conceitos sobre os quais a criança poderá se comunicar. Em nossa experiência, crianças que empregam entre 50 e 100 imagens, freqüentemente começam a falar enquanto manuseiam as imagens.(Algumas crianças começam a falar muito antes, enquanto outras crianças devem continuar utilizando as imagens).

Estamos muito contentes com o extraordinário êxito que temos observados com crianças que foram ensinadas a utilizar o PECS. Temos estudos controlados que apoiam o uso do PECS em muitos estados nos Estados Unidos, América do Sul e Canadá, desde crianças pequenas e adultos, e em crianças com autismo e outras incapacidades severas de comunicação. Todas as crianças com quem temos trabalhado em Delaware e New Jersey, tem aprendido, pelo menos, o primeiro aspecto do PECS - intercambiar uma imagem(ou representação visual) por um objeto desejado. Uma alta proporção destas crianças aprendem a falar dentro de um ano ou dois após iniciar com o PECS.

O PECS é fácil de aprender a usar por terapeutas, pessoas e pais. Não requer materiais complexos ou treinamento altamente técnico. Não requer equipamento de alto custo, provas sofisticadas ou pessoal de alto custo ou treinamento para os pais. É uma ajuda tanto dentro da sala de aula, em casa como na comunidade. As crianças que tem aprendido outros sistemas de comunicação, tem mudado rapidamente para o PECS e tem expandido suas habilidades de comunicação. As crianças no PECS estão altamente motivados a prender o sistema, porque eles podem obter exatamente o que desejam.
Entendemos que crianças muito pequenas com autismo, usualmente não tratarão de nos fazer felizes ou sentir prazer com seus êxitos. Por meio do PECS, eles podem aprender a importância de ter outra pessoa para que os ajude e possam aprender a confiar que a pessoas responderão suas mensagens, entregues com calma. Com o sistema correto, e o treinamento apropriado, uma imagem vale mais que mil palavras.


FASES DO PECS:

 Um panorama do PECS...
Fase I - Ensina os alunos a iniciarem a comunicação desde o início por meio da troca de uma figura por um item muito desejado.
Fase II - Ensina os alunos a serem comunicadores persistentes - ativamente irem à busca de suas figuras e irem até alguém e fazerem uma solicitação.
Fase III - Ensina os alunos a discriminar figuras e selecionar uma figura que represente um objeto que eles querem.
Fase IV - Ensina os alunos a usarem uma estrutura na frase para fazer uma solicitação na forma de “Eu quero”.
Fase V - Ensina os alunos a responderem a pergunta “O que você quer?”
Fase VI - Ensina os alunos a comentarem sobre coisas no ambiente deles, tanto espontaneamente como em resposta a uma pergunta.
Expandindo o vocabulário - Ensina os alunos a utilizarem atributos, como cores, formas e tamanhos, dentro das solicitações deles.








Fonte:


http://caminhosdoautismo.blogspot.com/2010/06/especial-pecs-sistema-de-comunicacao.html

http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/works/item.php?id=15