segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Curso sobre Método Teacch à distância.

Curso à distância sobre o método TEACCH, que é muito utilizado em autistas que não verbalizam.


O método consiste basicamente em aprendizagem em forma de figuras, como eles tem essa dificuldade de comunicação, as figuras os ajudam a se organizarem, ou seja, visualizam as tarefas e 
executam de forma que conseguem entender o que foi pedido.





A rede UNIAPAE estará oferecendo um curso de 40 horas sobre o TEACCH.

As professoras somos eu e a Adriana Bueno.

As tutoras são a Andréia L C (aqui das listas) e as profissionais da minha equipe: a Juliana C (coordenadora pedagógica do CEDAP), Marcela de A (psicóloga) e Juliana R (fonoaudióloga).
O curso é a distância com todo apoio das ferramentas que estes cursos exigem!

Veja a programação deste e de outros cursos:

Site para inscrição:


http://cursos.uniapae.org.br/cursonovo/product.php?id_product=34






TEACCH - Pequeno Histórico




Meados anos 60 - no Depto de Psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill -  crianças com autismo (ou na  época psicose infantil)  - base psicodinâmica 1972 – Eric Schopler – psicólogo – distúrbio de desenvolvimento – terapias baseadas em programas educacionais  - A sigla Teacch é marca pertencente ao estado da Carolina do Norte Atendimento gratuito – serviços, treinamento e pesquisa.

Conceitos Básicos



Teacch é  um conceito, uma abordagem 

  • Conhecimento do Autismo
  • Técnicas empíricas – pesquisas experimentais
  • Decisões baseadas na avaliação da criança
  • Individualização
  • Orientação para a independência
  • Pais como co-terapeutas






MÉTODO TEACCH
(Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children)

Objetivo: aumentar o funcionamento independente.
Valoriza o aprendizado estruturado (principalmente no início do tratamento). Dá importância à rotina e a informação visual.

É NECESSÁRIO ORGANIZAR E SIMPLIFICAR O AMBIENTE, APRESENTANDO  MENOS ESTÍMULOS SENSORIAIS CONCOMITANTES. ISTO FACILITA A CRIANÇA A FOCAR A ATENÇÃO NOS DETALHES RELEVANTES


UTILIZAÇÃO DE  MATERIAL COM INFORMAÇÃO VISUAL
A informação dada visualmente tem como objetivo amenizar as dificuldades de comunicação existentes.
A programação das atividades do dia deve ser dada visualmente.
Pode existir um quadro indicando, em seqüência, quais atividades ou tarefas a criança deve realizar.
Alguns quadros são feitos de maneira a induzir a criança a retirar o cartão com a foto ou desenho da próxima atividade e depositá-la no local onde deve ir. Por exemplo, retirar a foto da piscina do quadro e colocá-la em um lugar com o mesmo símbolo na piscina.
É claro que a utilização dos quadros requer um aprendizado. Inicialmente alguém fará cada passo com a criança, colocando os cartões em sua mão e ensinado-a a colocá-lo no local. Quando a atividade tiver acabado, a criança deve voltar ao quadro de tarefas para ver qual a próxima atividade e pegar seu respectivo cartão. Com o tempo ela poderá realizar a tarefa de maneira independente.
O fundamental é a persistência até que a criança aprenda a utilizar a informação visual.
Na maioria das vezes a utilização deste método traz tranqüilidade à criança já que possibilita melhor compreensão e comunicação.


A seguir um exemplo de como são feitos os cartões:














Fonte:


http://www.carlagikovate.com.br/index_arquivos/Page790.htm

http://www.soldeamor.com/ent_amasmetodo.htm

Figura 1 foi retirada deste blog:

http://caminhosdoautismo.blogspot.com/2010/03/metodo-teacch-modelos-de-atividades.html

Figura 2 foi retirada deste site:

http://estardeficiente.blogspot.com/2010_11_01_archive.html

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

EU SOU O AUTISMO


Um Poema muito bonito sobre como é ser autista. Um pouco forte, mas de qualidade. Vale a pena ler até o final.


Eu sou o autismo” é um poema escrito por Billy Mann, um compositor nomeado para um grammy, produtor de música e membro da Autism Speaks e pai de uma criança autista. 


I Am Autism

Eu sou autismo:
Sou visível nas suas crianças, mas se puder ajudar, sou
invisível ate ser demasiado tarde.
Eu sei onde você vive, e sabe o que mais? Eu vivo lá também.
Eu pairo em torno de você.
Eu não conheço nenhuma barreira de cor, religião,
moralidade, nenhuma moeda.
Eu falo a sua língua fluentemente e, a cada voz que leva embora, adquiro uma nova língua.
Eu trabalho rapidamente. Eu trabalho mais rápido que a SIDA,
o cancro e o diabetes pediátricos juntos.
E, se você é casado e feliz, vou-me certificar de que sua união
falhará. O seu dinheiro cairá nas minhas mãos e levá-lo-ei à
falência para meu próprio lucro.
Eu não durmo, assim eu tenho certeza de que você também
não dormirá. Eu tornarei virtualmente impossível que a sua
família frequente um templo, uma festa de aniversário, um
parque, sem esforço, sem embaraço, sem dor.
Você não me pode curar. Os cientistas não têm recursos e eu
saboreio o desespero deles.
Os seus vizinhos estão felizes por fingir que eu não existo,
claro, ate que seja com a criança deles. Eu sou o autismo.
Não me importa o que é certo ou errado. Eu tiro grande prazer
da sua solidão. Eu lutarei para levar embora a sua esperança.
Eu tentarei roubar-lhe as suas crianças e os seus sonhos.
Eu vou me certificar de que, a cada dia em que você acordar,
gritará, querendo saber: “Quem cuidara da minha criança
depois que eu morrer?” A verdade é que eu estou ganhando e
você tem medo, e deve mesmo ter.
Eu sou o autismo
Você me ignorava. Isso e um erro.




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Em que planeta você mora?

OI Pessoal,


É com essa frase que inicia esta reportagem da revista SUPER INTERESSANTE acerca dos mistérios do Autismo.

O autismo que há muito tem intrigado cientistas e pesquisadores e os deixam sem respostas, porém através de novas pesquisas realizadas, já se pode chegar à algumas conclusões a respeito de como funciona a mente dos portadores do Autismo.

Separei um trecho muito interessante que fala sobre as descobertas dos últimos anos acerca da mente autista. Conforme a demanda de um determinado assunto aumenta, em conseqüência vem as pesquisas. É o que ocorreu a respeito do tema: AUTISMO. Pois nos dias atuais a incidência de crianças acometidas com a síndrome chega à 1 em cada 500 crianças nascidas em algumas cidades dos EUA.  E este é um fator relevante, pois cada vez mais o profissional tem que ser capacitado para atender as necessidades de compreender e entender o que se passa na mente dessas crianças e ajudá-las à enfrentar os problemas que advém. Com isso mais e mais pesquisas são feitas no intuito de ajudar a família e a criança acometida com a síndrome.

Uma pesquisa realizada na Universidade de Yale (USA), em que a criança autista é submetida a um exame de ressonância magnética e foi descoberto que enquanto crianças não autistas utilizam uma parte do cérebro para identificar objetos e a outra parte para identificar as faces humanas, os autistas utilizam uma mesma área do cérebro para identificar figuras e objetos, isto explica a falta de reciprocidade com o contato humano, ou seja o autista tem dificuldade interpretar a face humana, com isso a dificuldade de se relacionar.

Vale a pena ler a reportagem na íntegra. É de suma importância este tipo de pesquisa, pois elas nos ajudam a entender mais sobre a mente autista e com isso pode ajudar no convívio com outras pessoas.

Espero que gostem. 



 A ciência nunca descobriu tanto sobre o funcionamento da mente autista quanto nos últimos anos. É que o aumento de casos diagnosticados e a conseqüente pressão da sociedade está fazendo com que as pesquisas sobre o autismo recebam mais atenção – e mais verbas. Até há bem pouco tempo, sabia-se apenas que os portadores de autismo não possuíam o que os psiquiatras chamam de teoria da mente – a capacidade que temos de entender que existe o “eu” (nossa visão do mundo) em oposição ao “outro” (o mundo visto pela consciência de outra pessoa). Daí a dificuldade que o autista tem de interpretar o estado emocional dos outros, de inferir pensamentos alheios, de prever as reações de seu interlocutor. “Daniel, hoje, aos 5 anos, ainda tem dificuldade para perceber se estou bem ou mal-humorada. Ao contrário da minha filha de 3 anos, que já sabe usar isso quando quer alguma coisa”, diz Eliana Steinman. Outros sinais importantes de autismo são distúrbios de comunicação, padrões repetitivos de comportamento e, o mais estranho deles: o desinteresse pelo contato com outras pessoas.
Para entender esse afastamento dos outros seres humanos, pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, vêm investigando, por meio de um aparelho de ressonância magnética especial, o que acontece no cérebro de um autista quando ele ou ela entra em contato com outras pessoas. Os resultados são surpreendentes: as imagens mostram que, enquanto as pessoas normais usam determinadas áreas do cérebro para reconhecer faces humanas e outras para identificar objetos, os autistas acionam a mesma região para ambas as funções (veja infográfico abaixo). “Isso explica a falta de reciprocidade no contato humano”, afirma o psiquiatra Ami Klin, da Escola de Medicina da Universidade de Yale.
Além das pesquisas com ressonância magnética, Klin e seus colegas usaram um equipamento parecido com um capacete de beisebol para acompanhar a direção dos olhos do autista diante de uma face humana. O aparelho tem duas microcâmeras de raios infravermelhos que permitem entender melhor como o autista vê o mundo. Uma delas filma os seus olhos, registra os movimentos oculares. A outra grava o que está sendo visto, com a perspectiva do autista. Assim, os pesquisadores vêem, num monitor, o que o autista está enxergando. E o que eles vêem? “Quase sempre eles olham para a boca das pessoas, nunca enquadram os olhos ou o rosto inteiro”, diz Klin.
Um dos resultados da experiência é a confirmação da dificuldade que os autistas têm para interpretar faces humanas. Sem essa habilidade, o convívio social, como não poderia deixar de ser, fica seriamente comprometido. Afinal, como fazer ou manter um amigo se você é incapaz de perceber se ele está feliz ou triste? Se ele está escutando o que você está dizendo ou mesmo olhando para você? Isso sem falar na dificuldade de reparar as segundas intenções, de perceber as entrelinhas de uma frase, as sutilezas e os sentidos implícitos em um gesto, em um modo de olhar.